Movimentos literarios
• Movimentos Literários e Estéticos
Literatura produzida na Inglaterra desde o século V, após a introdução do antigo inglês pelos anglo-saxões, até hoje. Também se considera parte da literatura inglesa a obra de escritores irlandeses e escoceses identificados com a vida e as letras inglesas.
Foi sua valorização a partir da segunda metade do século XVIII, na Alemanha da época de Goethe, que fez de Shakespeare o modelo por excelência do talento artístico original. O dramaturgo, que era questionado e censurado segundo os critérios das teorias poéticas consagradas no Classicismo francês, tornou- se a referência mais importante de uma poesia que foge às regras da arte definidas pela tradição e abandona a imitação dos antigos. Essa referência foi essencial para o movimento romântico, que desde seus primeiros teóricos rompeu com os parâmetros de uma poética normativa, baseada na autoridade dos escritores da Antigüidade para classificar os gêneros artísticos e, assim, definir o que era adequado a cada tipo de composição literária.
Na recepção de Shakespeare pelos escritores alemães, identifica-se uma mudança de concepção a respeito do talento envolvido na criação artística, e com isso se evidencia uma oposição entre duas maneiras diferentes de pensar o gênio. Por um lado, no Classicismo francês e no Renascimento italiano, teorias normativas acerca da arte associavam o talento a uma técnica apurada, a uma perícia de execução, à realização de uma obra sem erros, equilibrada e arduamente alcançada. Nesse caso, mesmo que o talento tenha sido considerado sempre um dom natural, necessário para a criação artística, era visto como uma capacidade mecânica, um rigor criativo que leva à perfeição pela obediência a normas – de modo que o termo “gênio” corresponderia ao termo “engenho”, derivado do mesmo étimo. Em contrapartida, o movimento pré-romântico alemão, ou Sturmund Drang, na segunda metade do século XVIII, foi marcado pela defesa não só da