Movimentos feministas
No século XX assistiu-se à emancipação progressiva da mulher, até então totalmente dependente do homem. O movimento feminista fortaleceu-se por ocasião da Revolução Industrial, quando a mulher assume alguns postos de trabalho e é explorada, chegando a trabalhar 16 horas por metade do salário dos homens, sendo que ainda têm as tarefas domésticas.
Os factores que mais contribuíram para esse fortalecimento foram:
A Revolução Industrial, que utiliza a mulher como mão-de-obra indispensável para algumas indústrias. Apesar de ser excessivamente explorada com salários muito inferiores aos do homem, esse trabalho permitiu-lhes uma independência económica antes inexistente;
A 1ª Guerra Mundial, que exigiu um papel ativo das mulheres, pois viram-se obrigadas a substituir os homens nos seus trabalhos, enquanto eles partiam para a guerra;
Assim surge o feminismo (corrente que defende o movimento da luta das mulheres pela igualdade de direitos em relação ao homem), sendo que lutam pela igualdade intelectual, económica (salários iguais) e política (direito ao voto).
Entre 1914 e 1945, as mulheres conquistaram o direito ao voto; o acesso a profissões na área da medicina, advocacia, entre outras; e uma maior liberdade sexual, com o uso de métodos contraceptivos. Esta emancipação reflectiu-se nos costumes: vida social mais intensa, prática do desporto e acesso a alguns divertimentos; e, também, na moda: subida das saias até ao joelho, uso de saia-calça, penteado “à garçonne” e substituição do espartilho pelo soutien.
Surgem, também, revistas femininas que enaltecem a mulher e que a orientam no sentido de cuidarem da sua imagem. Algumas feministas famosas:
Emily Davison (atirou-se para a frente do cavalo do rei, numa corrida);
Ana de Castro Osório (escritora, uma das dirigentes da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas);
Carolina Michaëlis de Vasconcelos (primeira professora universitária em