Movimentos de massa
Assim como todos os corpos, o regolito e todo material desagregado da rocha, devido ao intemperismo da rocha matriz, sofrem uma ação continua da gravidade. Enquanto a rocha que não sofreu intemperismo se torna resistente a essa ação constante, o regolito e o material desagregado são mais suscetíveis à gravidade. Quando ocorre movimento desses materiais em direção a partes mais baixas, dar-se o nome de Movimento de Massa.
Devido a essa constante ação da gravidade sobre esse sistema, as encostas estão em constante evolução. O material que é retirado do topo da montanha é removido a partes mais baixas. Esse movimento pode ser rápido ou devagar (sutil) dependendo das condicionantes da formação das encostas. Quando um material é retirado do ponto original, é transportado e fica em repouso em outro ponto, chamamos esse fenômeno de Erosão (Guerra, A. J, 2003).
A água das chuvas é o principal fator de erosão e intemperismo nas encostas. A erosão pluvial provoca desde uma erosão na escala de partículas, a uma escala de encosta ( ravinas e voçorocas). As ravinas e as voçorocas contribuem muito para o movimento de massa nas encostas, devido a um escoamento superficial em lençol que ao longo do tempo da chuva se concentram em filetes de água, formando sulcos, que são chamados de ravinas, que no decorrer do tempo e com a ajuda do escoamento subsuperficial que chegando ao lençol freático, provoca a voçoroca.
São diversas as variáveis que determinam se uma encosta é estável ou instável: o ângulo de repouso, a natureza do material na encosta, a quantidade de água infiltrada nos materiais, a inclinação da encosta e presença de vegetação. Esses fatores são condicionantes e dirão através de observação e monitoramento se a encosta tem risco de sofrer movimento. Entretanto, nem sempre a água é o fator detonador do movimento e sim que o torna mais avassalador:
“Nos movimentos de massa ocorre um movimento coletivo do solo e/ou rocha, onde