Movimentos artísticos
Usado para designar a pintura que se desenvolveu a partir da última exposição Impressionista, até o surgimento do Cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque, entre 1907 e 1908. Abrange pintores de tendências bem diversas, como Gauguin, Cézanne, Van Gogh e Seurat, que apenas no início de suas carreiras identificaram-se com o Impressionismo. Além desses artistas, temos Toulouse-Lautrec, que documentou a vida parisiense do fim do século XIX de um ponto de vista muito pessoal e, portanto, impossível de ser enquadrado em algum movimento artístico.
Gauguin: o uso arbitrário da cor
Usa a tinta pura em áreas de cor bem definidas, os objetos passam a ser coloridos de modo arbitrário e a representação deixa de ser tridimensional.
As idéias artísticas de Gauguin encontraram alguns seguidores, entre os quais Maurice Denis, que “elaborou uma definição da pintura moderna: um quadro, antes de ser um cavalo, um nu ou um episódio qualquer, é essencialmente uma superfície plana coberta de cores, de acordo com algum padrão”.
Cézanne: a busca da estrutura permanente da natureza
Não se preocupava em registrar o aspecto passageiro de um momento provocado pela constante mudança da luz solar, como defendiam os impressionistas. Ao contrário, o que Cézanne buscava era o permanente, a estrutura íntima da natureza. Com tendência em converter os elementos naturais em figuras geométricas — como cilindros, cones e esferas — acentua-se cada vez mais, de tal forma que se torna impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos. Olhando a pintura de Cézanne, é fácil compreender a enorme influência que ele exerceu sobre os artistas que nas primeiras décadas do século XX criaram a arte denominada moderna.
Van Gogh: a emoção enquanto cor
Se empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura,