movimento social dos pescadores
Os pescadores artesaqnais enquanto um movimento gerido no pós 64 e que ganha visibilidade em meados de 80. O que se apresenta como um dado novo é a visibilidade que aos poucos, pescadores ganham como sujeitos sociais, como agentes principais de um modelo diferenciado de gestão das pescarias e como sujeitos políticos. “Há uma diversificação interna das classes subalternas cujo desconhecimento empobrece a compreensão de suas lutas e de suas possibilidades históricas, porque omite os seus dilemas e suas debilidades. Um discurso que unifique retoricamente as classes subalternas não produz a unidade e a força reais dessas classes e grupos sociais. Ao contrário, mistifica-as e empobrece a interpretação de sua realidade". MARTINS (1989)
Nesse sentido apreender as práticas formais e informais dos grupos de pescadores, suas ações legais ou a parte da legalidade, individuais ou coletivas, permitirá vislumbrar um modelo incipiente para a gestão das pescarias. Não constitui ainda uma bandeira de luta unificada, mas aponta para necessidades e anseios presentes no mundo da pesca e que comportam uma visão diferenciada para o setor, que luta por seu espaço político.
conceito de pescadores artesanais: conceito que certamente unifica uma grande diversidade de agentes presentes no setor pesqueiro e mesmo em seus organismos de representação. Daí talvez advenha a pouca visibilidade e mesmo o pequeno poder de pressão que esta categoria possui ante o restante da sociedade.
5.1 Apesar das dificuldades o movimento da Constituinte da Pesca logrou expandir às Colônias de Pescadores os mesmos princípios que regem os sindicatos urbanos, a partir da inclusão do parágrafo único, do Artigo 8º da Constituição Federal aprovada em 1988. Dentre eles, a livre associação, não interferência do poder público, autonomia, unicidade sindical, entre outros, marcando legalmente o fim da tutela sobre as Colônias de Pescadores.
Ainda que