movimento re reconceituação
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo expor informações sobre o Movimento de Reconceituação também conhecido como Reconceitualização na América Latina e no Brasil, o qual representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão crítica do Serviço Social no continente. O Movimento de Reconceituação surgiu na América Latina em 1930 até a segunda metade de 1960, nos países com desigualdades sociais. O significado do Movimento para o Serviço Social representa uma grande mudança, dada sua busca de desvinculação do Conservadorismo e das técnicas importadas do Serviço Social Norte Americano.
O Serviço Social latino-americano é sensibilizado pelos desafios da prática social. Sua resposta mais significativa se concretiza na mais ampla revisão já ocorrida na trajetória dessa profissão. Essa resposta é o Movimento de Reconceituação, o qual se caracteriza como um movimento de denúncia, de autocrítica e de questionamentos societários. Buscando assim um método crítico e investigativo, uma renovação teórico-prático social, com propostas de intervenção e compreensão da realidade social, questionador da ordem dominante.
Este questionamento emerge em meio ao contexto das mudanças no continente, embasada pela efervescência das lutas sociais, demarcadas pelo capitalismo mundial. Os questionamentos inovadores atingem também a Igreja Católica e Universidades impulsionando os movimentos estudantis, nas suas mais diversas formas de expressão. Os documentos registrados durante os Seminários de Araxá (1967), Teresópolis (1970) e Sumaré (1980), foram elaborados na busca de propostas de teorização para o Serviço Social, passando a demonstrar então as primeiras expressões de Renovação da profissão, onde os profissionais passaram a reconhecer e a construir novos métodos e técnicas a partir das necessidades populares, para um agir profissional com identidade própria, reconhecendo todo cidadão como um sujeito de direitos, e não de