Movimento politico
A partir da década de 1920, começaram a surgir no cenário nacional alguns fatores sociais e políticos que contribuíram decisivamente para o declínio e derrocada da República Velha. O agravamento da crise econômica, a eclosão de revoltas e levantes militares, o crescimento das camadas sociais urbanas, além do acirramento dos conflitos políticos devido à progressiva divisão das oligarquias dominantes formam o conjunto de fatores que provocaram a Revolução de 1930. Uma das mais significativas mudanças sociais ocorridas a partir da segunda metade da década de 1910 foi a urbanização e o crescimento industrial. Devido à adoção de políticas protecionistas e estímulos indiretos, o setor industrial brasileiro expandiu-se e diversificou-se de modo a promover o crescimento das camadas sociais urbanas. A expansão da indústria fez surgir a burguesia industrial, a classe média e o operariado. Nas regiões Sul e Sudeste do país, onde essas transformações foram mais intensas, o surgimento e o crescimento desses novos grupos e classes sociais colocaram em xeque o domínio político exclusivo das oligarquias agrárias.
Camadas sociais urbanas
As camadas sociais urbanas, principalmente a burguesia, passaram a reivindicar participação nas decisões governamentais e reformas das instituições políticas.
Surgem então exigências de mudanças no sistema eleitoral de modo a acabar com a fraude, a corrupção e o coronelismo. Passam a pressionar também por mudanças na política econômica reivindicando maior investimento e incentivo público ao setor industrial e o fim da política de apoio exclusivo ao café. Por outro lado, o operariado crescerá em número e em organização provocando o surgimento de sindicatos trabalhistas. Os sindicatos trabalhistas lutarão contra as longas jornadas de trabalho, os baixos salários, as condições degradantes do ambiente fabril e a vigilância e repressão policial. Para as elites dominantes, as reivindicações trabalhistas eram