Movimento Operário
Antecedentes
Os primeiros movimentos de reação dos trabalhadores às péssimas condições de trabalho a que têm que se submeter dão-se de maneira individual e violenta e começam a ocorrer pouco depois do início do desenvolvimento da indústria: são os roubos.
“(...) A primeira forma, a mais brutal e a mais estéril, que esta revolta assumiu foi o crime. O operário vivia na miséria e na indigência e via outros que gozavam de situação melhor. A sua razão não conseguia compreender por que era precisamente ele que tinha que sofrer nestas condições, ele que fazia bem mais pela sociedade do que um rico ocioso. Por outro lado, a necessidade venceu o respeito inato pela propriedade - começou a roubar. Vimos que o número de delitos aumentou com a expansão da indústria e que o número anual de prisões está em relação constante com os fardos de algodão vendidos no mercado”.
(ENGELS, Friedrich. A situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra. São Paulo, Global, 1986, p. 241-3).
Com a rejeição das reivindicações contidas na “Carta do Povo” em 1842, pelo Parlamento inglês, os trabalhadores compreenderam que o caminho para as melhorias não seria através do apelo às autoridades parlamentares.
Surge, a partir desse momento, o trade-unionismo: organização de associações de trabalhadores, de caráter assistencialista, germe do sindicalismo moderno.
Também essas associações sofrem dura repressão por parte do governo, o que demonstra, mais uma vez, as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores em sua luta contra a exploração e a desigualdade social.
As novas Teorias: O Socialismo e o Anarquismo
As mesmo tempo em que a produção industrial se avoluma e o sistema capitalista se expande na Europa - com toda a reação que isto provoca entre os trabalhadores, novas teorias surgem, na tentativa de formular explicações e encontrar alternativas para a situação de extrema desigualdade social e exploração que caracteriza o período.
Essas teorias podem ser entendiadas