Movimento Operario
A maioria dos trabalhadores industriais nessa época era composta de imigrantes europeus, principalmente italianos, fugidos do processo de concentração fundiária iniciado na Itália após sua unificação e já acostumados com os conceitos de luta de classes e sindicalismo, além de espanhóis e alemães. Em São Paulo, em 1900, cerca de 90% dos operários eram imigrantes, sendo que apenas entre 1894 e 1903, entraram no Brasil mais de 1,5 milhão de imigrantes, chegando a superar a população de brasileiros na própria capital paulista e em diversas outras cidades.
Após a Primeira Guerra Mundial, o processo de industrialização do país acelerou-se, sendo que das cerca de 15.000 indústrias que existiam no país na década de 1920, aproximadamente 6.000 haviam sido instaladas durante a guerra para suprir nossa demanda por produtos industrializados, na chamada “substituição de importações”. Em sua maioria eram indústrias do setor têxtil e alimentício.
O ano de 1906 foi de fundamental importância para o movimento operário nacional, pois, apesar de já em 1892 o Brasil ter realizado seu primeiro Congresso Socialista, no Rio de Janeiro, com cerca de 400 pessoas, foi só nesse ano que ocorreu o primeiro Congresso Operário Brasileiro e foi fundada a COB (Confederação Operária Brasileira).
Durante a chamada Era Vargas (1930 – 1945) e também durante o governo de Vargas dentro da chamada República Populista (1950-1954),