Movimento de reconceituação para o serviço social
O Serviço Social surge no Brasil nas primeiras décadas do século (20 e 30) a partir do surgimento da questão social, onde tinha como base para a sua implantação o reconhecimento das tensões sociais, geradas a partir da industrialização. Portanto a sua origem corresponde à conjuntura vivenciada no país neste período, momento em que o Estado, as frações dominantes e a igreja, passam a utilizar estratégias de intervenção e regulação da questão social através de políticas sócias. Estas estratégias foram influenciadas devidas as mudanças ocorridas no país, principalmente as econômicas, em função da industrialização e das grandes mobilizações da classe operária que tinha como objetivo, que o “Estado” se posicionasse diante dela, que crescia cada vez mais e em condições precárias de higiene, saúde e habitação, tomando proporções gigantescas, voltando à atenção social aos mesmos, que passam a reivindicar seus direitos, melhores condições de vida e de trabalho, ganhando importância social. Foi marcado por três momentos distintos:
No primeiro momento, a crítica da ligação com os países dominantes, com seu caráter importado da Europa e EUA, foi o momento mobilizado pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços sociais – CBCISS, promovendo os seminários de Araxá (1967) e Teresópolis (1970). Foi à apresentação do serviço social voltado para a integração social na perspectiva da modernização neopositivista.
No segundo momento continua o questionamento sem ligação do serviço social com os valores e classes dominantes, foi o período dos novos paradigmas científicos, do ressurgimento dos movimentos sociais e estudantis na política brasileira.
No terceiro momento ocorreu o resgate das teorias marxistas, pelas obras de Yamamoto e outros. Com base no pensamento de Gramsci, coloca-se a instituição como o espaço das lutas de classes, procurando-se fortalecer a prática do serviço social aliada aos movimentos