movimento de reconceituação do serviço social

MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

A origem do serviço social no Brasil é a Igreja Católica, que surge como desdobramento da ação social e ação católica da igreja. Nas primeiras escolas do serviço social, fundada por grupos cristãos, os alunos eram em sua maioria da classe média, que buscavam uma forma de obter alguma remuneração bem como ter um pouco de gratificação pessoal. O foco do serviço social, no início, era a questão social, atuando sobre os efeitos das Questões Sociais e não sobre as causas, em contrapartida encontra-se o Serviço Social reconceituado, atuando sobre as causas da Questão Social. A base da metodologia do Serviço Social brasileiro era de origem norte-americana, e introduziu no currículo das escolas o Serviço Social de caso, de grupo, Serviço Social de comunidade. A ideia era que um caso não era diferente do outro, era tratado como se a causa fosse generalizada. Ao reconhecer que suas teorias eram frágeis na compreensão da dinâmica social, na relação das classes, dos grupos sociais, o Serviço Social brasileiro dá os primeiros passos para o movimento de reconceituação. O modo como o Serviço Social brasileiro agia diante da realidade do país estava contrária às necessidades da população. Baixo índice de renda, ausência de infraestrutura e de saneamento básico, alto índice de analfabetismo, saúde e escolaridade precária fizeram com que o Serviço Social brasileiro recuasse quanto à filosofia desenvolvimentista e criticasse o Serviço Social tradicional e a demanda de novas ideologias. Em 1964 é realizado no Nordeste o encontro regional de escolas do Serviço Social, considerado a primeira manifestação de críticas ao serviço Social tradicional e ensaio de reconceituação, quando docentes e profissionais se posicionaram quanto aos métodos de intervenção diante da realidade subdesenvolvida do nordeste, dando destaque para a crítica ao