Motivação
As histórias acompanham o homem desde que ele aprendeu a se expressar.
Primeiro através dos desenhos rupestres. Depois pela oralidade e pela escrita.
São nossa referência do que somos, como vivemos, de nossos valores.
Nossa memória afetiva, nossa ligação com os ancestrais.
Antes da escrita, tudo o que se sabia do homem era transmitido oralmente, através das histórias. Um sábio era como uma enciclopédia.
A riqueza deste universo é tão grande que não cabe num espaço como este então resolvi escolher alguns aspectos que mais tem estado presente na minha vivência em família, para destacar aqui.
Sempre fiz leituras de livros para meus filhos, desde bebês, e encontro uma grande quantidade de pais que o fazem.
Porém, quando inclui as "histórias contadas" na rotina deles, os ganhos foram ainda maiores.
Do ponto de vista afetivo, o momento de "contar histórias" traz um sentimento de unidade, de estar junto, uma relação afetiva, carinhosa, uma troca de olhares, sorrisos. Diferente de quando estamos lendo, existem os gestos, as expressões corporais. O contador não está olhando o livro, está olhando nos olhos de quem ouve e a proximidade entre os dois é ainda maior.
Assim como quando ouvimos a história real de alguém que passou por alguma situação e vem nos contar, ao ouvirmos uma história fantástica, inventada, passamos pelo mesmo processo de vivência emocional. Também sentimos tristezas e alegrias, gostamos ou não dos personagens. Torcemos por um ou por outro. E o bom é que podemos ter esta vivência muitas e muitas vezes e assim, as crianças e os adultos, que abrem as portas e as janelas da imaginação, treinam suas emoções, enfrentam seus medos e angústias ao mesmo tempo em que se divertem e brincam.
No final de tudo, ressalto ainda um ganho maravilhoso e fundamental. As crianças começam a relacionar as histórias com os livros. Elas gostam da história e descobrem que nos livros podem encontrar muito mais. Passam assim a ver o livro como