Motim das Mulheres
Revoltadas, mulheres nordestinas invadiram repartições públicas e delegacias, armadas com pedras e pedaços de pau, para rasgar documentos que convocavam seus maridos para o Exército ou para a Marinha.
A sede do jornal O Mossoroense (terceiro mais antigo do Brasil e o quarto da América Latina ainda em atividade) foi o principal palco do motim.
Entre as líderes da revolta, estavam Joaquina de Souza, Maria Filgueira e Anna Rodrigues Braga, conhecida como Anna Floriano, esta última chegou a empunhar um espeto de ferro para defender a redação do jornal local da invasão dos mandantes de um político que queria impedir a publicação dos fatos.
Atualmente, o Motim das Mulheres é apresentado em um espetáculo encenado no Auto da Liberdade.
A única líder de que se tem notícia, a propósito d’O Motim das Mulheres, é Ana Rodrigues Braga, a mesma Ana Floriano, esposa de Floriano da Rocha Nogueira. Na mesma empreitada, a seu lado, Maria Filgueira, mulher de um capitão da Guarda Nacional; e Joaquina de Sousa. As três se puseram à frente de trezentas mulheres, invadiram a casa do Juiz de Paz de Mossoró, Rio Grande do Norte, e rasgaram os documentos do sorteio para o recrutamento no Exército e na Armada. Decididas, ocuparam a redação do jornal O Mossoroense, acuando o diretor e rasgando as listas dos sorteios que seriam publicadas. Depois, rasgaram os editais de convocação para o recrutamento militar, nas portas da igreja. Foi em 30 de agosto de 1875.
Conforme resgata a história,