Mosquitos Transgenicos
Os insetos são animais com alta diversidade, apresentando vários grupos com valor comercial e de importância médica (Behura 2006). Alguns grupos, denominados hematófagos, são adaptados para se alimentarem de sangue de vertebrados. Este fato causa danos ao hospedeiro vertebrado como feridas e baixa na resistência imunológica. Entretanto, o principal problema advindo da hematofagia dos insetos é a sua capacidade de transmitir patógenos para o homem e outros vertebrados.
Estes organismos são transmissores de uma variedade de patógenos, entre eles vírus, bactérias, protozoários e vermes. O papel dos insetos, e outros invertebrados, como transmissores de agentes causadores de doenças para os vertebrados foi comprovado cientificamente no final do século XIX. A descoberta foi feita pelo médico escocês, Patrick Manson, em 1877 (Sanjad 2003)
No começo do século XX, medidas de controle de vetores com o intuito de diminuir a transmissão de patógenos foram iniciadas.
No final do século XX e início do século XXI, com o desenvolvimento da genética, foram desenvolvidas técnicas que passaram a modificar o vetor geneticamente, divididas em estratégias de substituição ou supressão de uma população alvo (Alphey 2002).
Mosquito transgênico
Soraia de Lima Oliveira1,2, Danilo Oliveira Carvalho1,2, Margareth Lara Capurro1,2,3
1Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo
2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular (INTC-EM), Brasil
No contexto da entomologia médica, os mosquitos se enquadram entre os insetos que causam maior impacto à saúde pública no mundo e no Brasil.
(Gubler 1998, 2002; Mirzaian, et al. 2010).
As fêmeas desses insetos são as responsáveis pela transmissão desses patógenos. Ao picar animais infectados, o mosquito ingere sangue contaminado e passa a hospedar esses patógenos, que escapam dos