morte e vida severina
Centro de Ciências Humanas e Sociais - Escola de Turismologia
Economia Política – Professor Castelo
Alunas: Bárbara Nunes e Marcelle Freire
PERSPECTIVAS DA OBRA MORTE E VIDA SEVERINA, DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO, A PARTIR DAS IDEIAS DE KARL MARX.
Morte e Vida Severina é uma peça de teatro em versos escrita por João Cabral de Melo Neto, publicada em 1955. O nome da obra faz alusão à trajetória de sofrimento do personagem principal, Severino. O personagem é um retirante, assolado pela seca do nordeste brasileiro, sai do sertão em direção ao litoral em busca da vida que escasseava em sua terra. Vida e Morte encontram-se no título em posição invertida, pois no caminho percorrido por Severino só depara-se com a morte, e apenas ao final que há um encontro com a vida. Além disso, Severina é utilizada em forma de adjetivo no título, o que sugere que o drama de Severino é o que ocorre com outros sertanejos, igualmente vítimas da seca. Podemos, a partir daí, fazer uma breve reflexão sobre os pensamentos de Karl Marx, visto que pode ser observado o deslocamento dos sertanejos em busca de uma vida melhor, não sabendo da vida exploratória e opressora que os aguardam na metrópole, marca do crescimento desenfreado do capitalismo.
Podemos ver essa reflexão do deslocamento de pessoas do campo para a cidade em busca de uma vida melhor na seguinte afirmação de Karl Marx, em o Manifesto Comunista:
“A burguesia submeteu o campo à cidade. Criou grandes centros urbanos; aumentou prodigiosamente, a população das cidades em relação à dos campos e, com isso, arrancou uma grande parte da população do embrutecimento da vida rural. Do mesmo modo que subordinou os povos camponeses aos povos burgueses, o Oriente ao Ocidente.” (MARX, ENGELS, 1848, p-14)
O retirante, então deixa o sertão pernambucano em busca do litoral, acreditando que no Recife, ou outras cidades nas quais a seca é mais branda, a vida pode ser