morte e vida severina
José Dumont (Severino)
Sebastião Vasconcelos (Seu José, o Mestre Carpina)
Elba Ramalho (rezadeira)
Tânia Alves (camponesa)
Cacilda Lanuza (cigana)
Marta Overbeck (cigana)
O poema é narrativo com seu gênero predominantemente lírico, mas com presença dramática. Consiste em duas partes: antes de chegar em Recife e depois. Antes de chegar chamamos de caminho ou fuga da morte; e depois em o presépio ou encontro da vida. O poema é feito em redondilha maior (sete sílabas métricas).
O espaço possui um movimento de deslocamento: o retirante faz a travessia do Agreste para a Caatinga, da Zona da Mata para o Recife, ou seja, sai da serra, mais especificamente da Serra da Costela, e vai para o litoral, para Recife. Durante esse deslocamento que ele faz, em busca da vida, depara-se com tantas mortes e miséria, que pensa em se atirar no rio e apressar a própria morte. A história é narrada em primeira pessoa, pelo personagem Severino e é composta de monólogos e diálogos com outros personagens.
A primeira representação de Morte e Vida Severina se deu com um grupo de teatro do Pará em 1957. A peça foi ensaiada e montada pela primeira vez em Belém pelo grupo Norte Teatro Escola e depois foi levada para o I Festival Nacional de Teatro de Estudantes, em Recife (1957), sendo promovido por Paschoal Carlos Magno. A montagem foi premiada, tendo o ator Carlos Miranda, intérprete de Severino, obtido o primeiro prêmio como revelação de ator. 2