Morte e Vida de Grandes Cidades
Os textos de Jacobs refletem sobre os usos das calçadas referentes aos itens de segurança, contato e integração das crianças em especial frente ao planejamento urbano e urbanização de cidades dos EUA. Nestes tópicos Jane observa os problemas existentes e algumas possíveis soluções que os urbanistas podem contribuir para minimizar ou evitar os problemas abordados ocorridos nas grandes cidades. A autora aborda o assunto de modo bem prático com exemplos do cotidiano através de pesquisas já realizadas e da sua observação sobre o funcionamento das ruas e calçadas das cidades que se tornam seu laboratório.
Jane Jacobs mostra as ruas e as calçadas como sendo a visão que a população tem da cidade. Segundo ela, uma calçada e uma rua interessantes formam uma cidade interessante e se elas parecerem monótonas, a cidade parecerá monótona. Agregados às calçadas, estão os edifícios, os espaços públicos, que dão significado a ela e além destes, são as situações que se criam sobre ela que trazem suas referências e características. As calçadas se transformam em balés de pessoas, situações e atividades. “O balé da boa calçada urbana nunca se repete em outro lugar, e em qualquer lugar está sempre repleto de novas improvisações”.
O Uso das Calçadas
As ruas da cidade têm vários fins além do tráfego de veículos. Da mesma forma que as calçadas têm outros papéis além de acolher pedestres. As ruas e calçadas de uma cidade são seus órgãos mais vitais. Se parecem interessantes, a cidade parecerá interessante. Se as ruas são seguras, a cidade estará livre da violência e do medo. A calçada que funciona é uma barreira ao crime. Precisa ser movimentada de noite e de dia por diferentes populações no caminho para o trabalho, casa ou lazer. Enquanto isso, os proprietários e vizinhos mantêm os olhos sobre as ruas. Jacobs denomina isso sistema de vigilância cidadã. Isso só se torna