Morte e Mortalidade
Trabalho com a finalidade avaliativa para a disciplina de Sociologia Geral II ministrada na Universidade Federal de Rondônia, pelo professor Luis Novoa, para o curso de Psicologia.
Porto Velho
2014
A morte só é um mártir quando há a consciência de tal efemeridade humana. No capítulo “Imortalidade, na versão pós-moderna” do Mal estar da pós-modernidade do autor Zygmunt Bauman, retrata e exemplifica bem o conceito de morte e mortalidade.
A princípio, o autor ilustra suas ideias com um conto – Os imortais – onde elabora seus pensamentos a respeito de como a consciência da morte faz o homem buscar pela a vida eterna. Nesta busca pela imortalidade, ele pontua que todas as ações humanas são impulsionadas por esta.
Ao longo do tempo, a criação da igreja; do partido; da nação e da causa foram métodos coletivos de imortalizar cada um e, ao mesmo tempo, nenhum. Ou seja, os ideais permaneciam imortalizados pela adesão e representação de todos os adeptos à tais ideologias, enquanto os próprios indivíduos – talvez até mesmo desconhecidos – não sobreviveriam, pois dariam a própria vida pela imortalidade coletiva. Em contra partida, Bauman conceitua a “imortalidade individual” - onde esta seria a permanência de “grandes homens” na memória de seus sucessores, como exemplo: Einstein, Picasso, Darwin, Da Vinci, Marie Curie e etc.
No tópico - “Morte, moderna e pós-moderna” -, o sociólogo enumera várias questões a partir do ponto de vista da morte, no qual discutiremos uma em principal: a exclusão social nos males da modernidade.
Com a necessidade da imortalidade, o homem se pôs em uma situação de necessidade de avanço e de criações imensuráveis. Por isso, Bauman discute no texto sobre a mudança da estrutura social em que vivemos - de mão-de-obra servil, para mão-de-obra tecnológica e cada vez mais sofisticada. Por conta dessas criações, houve a “coisificação do ser”. Ou seja, o homem passa a não ser útil, pois todo aparato tecnológico sustenta a