morte e cancer
Daiani Fontoura Roloff¹
Elizabeth Coelho²
RESUMO
Este artigo apresenta o relato da vivência da estagiaria dentro de um Hospital Geral em uma Unidade de Ambiente Protegido - Transplante de Medula Óssea (TMO), com a temática dos sentimentos envolvidos no processo de adoecimento e a percepção do medo da morte de pacientes com diagnóstico de câncer. A proposta deste trabalho é salientar através da prática e da teoria os sentimentos genuínos e apropriados que corroboram o recebimento do diagnóstico de uma doença que traz um estigma de finitude humana, também evidenciar as formas pelas quais o paciente que está morrendo vivencia a terminalidade, abordando os medos mais presentes nesse momento.
Palavras-chave: medo; sentimentos; morte; câncer.
I INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo salientar aspectos referentes ao processo de adoecimento e a percepção de morte de pacientes com diagnóstico de câncer, através de um aporte teórico-prático. Foi pensando na morte como processo final da existência humana, na morte como exigência do corpo debilitado e exaurido pela doença, na fragilidade frente ao fim da existência, seus medos e angústias, que foi construído este trabalho.
A partir da prática com pacientes onco-hematológicos, que parecem estar muito próximos da morte, tornou-se necessário a forma de perceber o fim da vida e a maneira peculiar como cada indivíduo lida com o processo de finitude, e não somente relativo à finitude física, mas das expectativas que tais pacientes constroem ao decorrer de suas vidas, e em determinado momento, recebem um corte abrupto.
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¹Estagiária do Curso de Psicologia, Disc. Estágio Supervisionado em Psicologia e Processos Clínicos
I²Psicóloga, Supervisora Acadêmica da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA.
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Deparar-se com a dor de deixar os filhos para trás, assim como os amigos e familiares é uma das muitas dores que se pode observar no paciente próximo ao
morrer