Morte social ou invisibilidade social
A invisibilidade social é um conceito aplicado a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença ou pelo preconceito. Há vários fatores que podem contribuir para que essa invisibilidade ocorra: sociais, culturais, econômicos e estéticos.
Um dos principais causadores da invisibilidade é a questão econômica. A invisibilidade se estende a tudo o que está fora dos padrões de vida das classes hierarquicamente superiores. Muitos são os indivíduos que sofrem com a invisibilidade social, como por exemplo, profissionais do sexo, pedintes, usuários de drogas, trabalhadores rurais, portadores de necessidades especiais e homossexuais.
A invisibilidade social provoca sentimentos de desprezo e humilhação em indivíduos que com ela convivem. Isso pode acarretar diversos problemas, como depressão, doença psíquicas, distúrbios e o bullying. A indiferença não é por insensibilidade ao outro, mas uma autopreservação, de evitarmos nos conscientizar do que é doloroso; um exemplo: são os pedintes e profissionais do sexo.
A invisibilidade social já está cotidianamente estabelecida e a sociedade acostumou-se a ela, passar por um pedinte na rua ou observar uma criança “cheirando cola” em uma esquina é algo corriqueiro na vida social, aceitar isso é violar os direitos humanos.
Em relação ao documentário do Ônibus da linha 174, o documentário, ônibus 174 aborda o problema social brasileiro em seus múltiplos aspectos: desigualdades de classe, preconceito, exclusão social, despreparo policial, calamidade prisional, pobreza, omissão do Estado. Longe de tentar justificar a criminalidade que padece o nosso país, tenta mostrar uma dura realidade que muitas vezes preferimos não ver.
O documentário cita também a invisibilidade das crianças de rua, submetidas ao esquecimento pela sociedade que não as nota, não as fornece a identidade necessária para sobreviver e não os envolve de existência social.
Ser invisível é sofrer a indiferença, é não ter