Morte encef lica
É o término das funções vitais, considerando que é dificil precisar o exato momento da sua ocorrencia por não constituir um fato instantaneo, mas sim, uma sequência de fenômenos gradativamente processados nos vários na manutenção da vida. Com o tempo, passou-se a acreditar que a morte não estava relacionada apenas com a cessação da respiração e com a assistolia, mas também com a perda das funções do tronco e do córtex cerebral.
Em 1959, um grupo de neurofisiologistas e neurocirurgiões de Lyon descreveram uma condição que eles chamaram de “morte do sistema nervoso”, caracterizada por coma apneico, ausência de reflexos, tronco encefálico e cérebro eletricamente silenciosos. Mais tarde, Mollaret e Goulon estudaram 23 pacientes nessa mesma condição clínica e definiram como “a última fronteira da vida”. No ano de 1968, o relatório do Comitê ad hoc da Escola Médica de Harvard estabeleceu os primeiros critérios para diagnóstico de Morte Encefálica (ME). Em 1981, a Comissão Presidencial para o Estudo dos Problemas Éticos em Medicina publicou, nos Estados Unidos da América, um ato uniforme para a Declaração de Morte: “um indivíduo e apresenta cessação irreversível das funções respiratórias e circulatórias ou cessação irrerversível de todas as funções do cérebro, incluindo o tronco cerebral, está morto”.
A ME é a constatação irremediável e irreversivel da lesão nervosa e significa morte clínica, legal e social. Devido aos dilemas éticos que surgiram, critérios clínicos e tecnológicos para constatação de ME foram definidos no Brasil, pela Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n° 1480, de 21 de agosto de 1997. Os critérios são baseados n ausência da atividade cerebral, incluindo o