Mortalidade empresas
um estudo sobre mortalidade e estabilidade – Parte I
As Pequenas Empresas (PEs) sempre exerceram um papel proeminente na economia de seus países1. Essa importância pode ser verificada perante vários aspectos como: contribuição significativa na geração do produto nacional; absorção de mão-de-obra, inclusive a menos qualificada; flexibilidade locacional, desempenhando importante papel de interiorização do desenvolvimento; caráter predominantemente nacional, pois há utilização absoluta do capital privado nacional; desempenho de atividades de auxílio às grandes empresas, como distribuição e fornecimento, atividades as quais efetuaria com pouca eficácia2.
Para certas atividades econômicas, do ponto de vista econômico-social, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) são mais eficazes que as grandes, no entanto, os índices de mortalidade das PEs são elevados. Os motivos podem ser de ordem externa ou interna. Externamente, o que ocorre é que os preços de compra são impostos pelos fornecedores e os de venda pelos cliente, assim as PEs acabam sendo esmagadas no meio desse “sanduíche”. Quanto aos motivos internos3, destacam-se a baixa capacidade de adaptação a mudanças no ambiente, a estreita vinculação empresa-empresário, os poucos recursos financeiros, o proprietário sem formação adequada. Este ultimo, acaba criando problemas infindáveis para a empresa como ausência de objetivos, estrutura organizacional informal e inadequada, ausência total de sistemas administrativos e de controles, decisões centralizadas no empresário e liderança autocrática, baixo nível de informação sobre o mercado e sobre a concorrência, falta de previsões de venda e de resultados confiáveis, ações da empresa voltadas exclusivamente para vendas e finalmente, má gestão financeira, de estoques e da atividade produtiva.
No primeiro trimestre de 2004, o SEBRAE realizou uma pesquisa nacional, para a avaliação das taxas de mortalidade das Micro e Pequenas Empresas (MPEs)4