MORIN, Edgar
Seu pai, Vidal Nahum, nasceu em 1894 em Salônica, tendo depois se naturalizado francês. Sua mãe, Luna Beressi, sofria de uma grave lesão no coração que a proibia de ter filhos (fato que ocultou ao marido). Edgar viria a ser fruto de uma gravidez que sua mãe não conseguira interromper. O parto se deu em condições dramáticas: o bebê nasceu semimorto, estrangulado pelo cordão umbilical, tendo sido preciso meia hora de esforço médico para que soltasse o primeiro choro.
No dia 26 de junho de 1931, falece Luna Nahum, A perda materna tem forte impacto em sua infância e deixará marcas indeléveis durante toda sua vida. Na 5˚ série da escola, trava suas primeiras discussões políticas, motivadas pelo Caso Stavisky e pela manifestação da Cruz de Fogo. 1936 – 1937 Engaja-se num ato militante em solidariedade aos anarquistas catalães e participa de seu primeiro comício político: uma reunião trotskista no cais de Valmy.
1938 – 1939 No clima tenso que antecede a Segunda Guerra Mundial, Edgar adere aos Estudantes Frentistas.
1940 – 1941 É forçado a interromper os preparativos para as provas da Sorbonne quando a França é invadida pelo exército de Hitler. Foje, em julho de 1940, para Toulouse, onde se sente, pela primeira vez, livre do excessivo controle paterno.
1942 – 1944 Cada vez mai envolvido em atividades subversivas, resolve substituir o sobrenome “Nahum” por “Morin”. Vive uma dupla clandestinidade, atuando na Resistência Francesa como militante oculto do Partido Comunista
1944 – 1946 Após a libertação da França e final da guerra, tenta trabalhar como redator em jornais ligados ao Partido Comunista Francês. Em 1945 casa-se em Paris com Violette Chapellaubeau, socióloga, amiga de escola e companheira desde 1941.Muda-se, com a esposa