Morbimortalidade por Hipertensao
Heloisa Côrtes Gallotti Peixoto
Introdução
Apesar do diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial e doenças correlatas terem apresentado enormes avanços tecnológicos nos últimos anos, com a introdução, na rotina de atendimento, de novas técnicas, como a cineangiocoronariografia, revascularização miocárdica, ultrassonografia, cintilografia cardíaca e cerebral, tomografia computadorizada, drogas anti-hipertensivas e inotrópocas cardíacas, que consomem uma parcela significativa dos recursos destinados à saúde, em Santa Catarina, ela ainda apresenta alta prevalência, é responsável por elevadas taxas de morbidade e mortalidade.
Mesmo quando não causam a morte, as complicações da hipertensão arterial levam, com freqüência, à invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para esse e sua família.
Aprofundar o conhecimento epidemiológico deste problema em Santa Catarina, e fundamentar criteriosamente os procedimentos, técnicas e métodos, individuais e coletivos, de prevenção, controle e tratamento, é de fundamental importância para a resolução do mesmo.
Este trabalho tem o objetivo de traçar um perfil da morbi-mortalidade por hipertensão no Estado, a fim de demonstrar a necessidade urgente de enfrentamento do problema, a partir da implementação de ações que permitam reduzir a incidência de complicações da hipertensão arterial e promover a redução do número de internações e custos hospitalares. Para tanto, serão utilizadas as informações disponíveis nas bases de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade e do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informações Ambulatoriais.
Na parte final do trabalho estão apresentadas algumas propostas que podem contribuir para a definição de estratégias para a implementação de ações voltadas para o controle da hipertensão arterial em Santa Catarina.
A Hipertensão Arterial e a Mortalidade:
Sabe-se que