Eclampsia
Nos últimos tempos, a humanidade alcançou enorme progresso nas áreas científica e tecnológica. Apesar dos diversos recursos capazes de melhorar as condições de vida e saúde da população, muitas pessoas ainda morrem por falta de acesso aos sistemas de saúde ou a medidas de prevenção que possam evitar determinadas patologias ou ainda, por assistência ineficaz oferecida por esses sistemas.
As mortes de mulheres em conseqüência de complicações da gravidez, parto ou puerpério são importante problema de saúde pública. A comparação dos indicadores de mortalidade materna entre países desenvolvidos como Canadá e Estados Unidos, que têm este coeficiente inferior a 9:100.000 nascidos vivos, e países como Bolívia, Peru, Haiti e Brasil, com coeficientes superiores a 100 mortes por 100.000 nascidos vivos, evidencia a disparidade entre estes dois blocos. Entretanto, países em desenvolvimento que estabeleceram metas de política que garantem saúde para sua população, como Chile, Cuba, Costa Rica e Uruguai, conseguiram reduzir as taxas de mortalidade materna para menos de 40 óbitos por 100.000 nascidos vivos (BRASIL, 2002).
As síndromes hipertensivas na gestação mantêm-se como uma das principais causas de morte materna, além de acarretar elevados índices de morbimortalidade perinatal. Há evidências de que a maioria destas mortes é evitável mediante uma qualificada assistência a gestante, parturiente e puérpera e um adequado atendimento as urgência e emergências obstétricas.
O presente estudo objetivou, através de uma pesquisa bibliográfica, descrever a conduta em situações de urgência e emergência hipertensivas na gravidez, especificamente em casos de pré-eclâmpsia/eclâmpsia.
2. ASPECTOS GERAIS DA PRÉ-ECLÂMPSIA E ECLÂMPSIA(TOXEMIA GRAVIDICA)
As síndromes hipertensivas representam uma das alterações mais freqüentes na gravidez em todo o mundo. Sua incidência nos países desenvolvidos oscila