MORAN
Por Andréa Antunes O termo híbrido, que se refere a elementos com diferentes composições, está sendo inserido na Educação. Para alguns especialistas, é exatamente pela mistura que passa o caminho do aprendizado. É o que alguns estão chamando de Educação Híbrida: um modelo que mistura diferentes formas de ensinar e aprender. Um dos que defendem a ideia é o espanhol, naturalizado brasileiro, José Moran.
Professor (aposentado) de Novas Tecnologias na USP, cofundador do Projeto Escola do Futuro da universidade e coordenador de alguns programas de educação semipresencial e a distância, Moran acredita que é preciso combinar as diversas maneiras de ensino e aprendizagem. “Aprendemos melhor quando combinamos três processos de forma equilibrada”, diz ele, que é formado em Filosofia e doutor em Comunicação pela USP.
Dentro dessa linha, Moran acredita que é preciso flexibilizar currículos, criar modelos pedagógicos menos engessados e mais livres. “Trabalhar com projetos deve ser uma política educacional prioritária. Aprendemos muito mais praticando e refletindo do que só explicando”, afirma. Moran esclarece ainda que nesse novo modelo o professor precisa focar menos nas informações e mais nas habilidades e desafios dos alunos. De passagem pelo Rio de Janeiro, onde participou do 10º Congresso Rio de Educação, Moran deu a seguinte entrevista:
Recentemente, o Senhor publicou o artigo “Aprender e ensinar com foco na Educação Híbrida”. O que seria a Educação Híbrida?A Educação Híbrida destaca que existem diferentes formas de ensinar e de aprender, que podem ser integradas e combinadas. Podemos combinar tempos e espaços individuais e grupais, presenciais e digitais, com maior ou menor supervisão. Aprendemos melhor quando combinamos três processos de forma equilibrada: a aprendizagem individual: cada um pode aprender o básico por si mesmo (aprendizagem prévia, aula invertida), com pouca interferência direta do professor;