Morada Paulista
Luís Saia
Quadro Geral dos monumentos paulistas
Para o estudo, apreciação e consideração dos monumentos paulistas de historias e da arte, não podem aceitar os critérios e padrões armados para sustentar esquemas de formação histórico‐sócio‐ econômica totalmente diversos daquelas que assistiram ao nosso passado regional.
Quando o extraordinário esforço do pensamento contemporâneo, voltado à defesa desses critérios e padrões, é duramente atingido pelas contradições do seu parcialmente interessado é resultante da sua vinculação aos cânones da lógica clássica, todo o aparente objetivismo dos estudos tradicionais de historias e de arte é substituído pela magia institucional.
A tese principal do segundo período, que vai de 1554 até 1611, ano do estabelecimento de
Parnaíba e Mogi das Cruzes, é a tese da mestiçagem. Essa mestiçagem representa um contraste com o que acontecia então na America Espanhola, onde a técnica de destruição do indígena atingiu níveis porventura maiores do que os conseguidos pelo europeu na África.
Um comportamento despreconceituado e destemeroso da ação ultramarina é, sem duvida, uma componente fundamental da tese ancila de dessacralização da formação regional.
Do período de formação paulista nada restou senão a lembrança dos locais dos estabelecimentos então fundados, provavelmente em temos tão precários e tão próximos da técnica indígena que o tempo tudo demoliu e arrasou menos aquele estranhado espírito ambulatório que bem mais tarde espantaria, e muito, ao conde de Assumar. Os restos de habitações das classes dirigentes paulistas do século XVII e começo do século XVIII são o testemunho cabal desse estilo da sociedade paulista.
O próprio jesuíta, tão insistente e jeitoso nas táticas de luta, foi afinal envolvido pela tese que era contrario aos interesses da companhia.
O alto nível de adequação das residências paulistas da classe4 dirigente da época dos bandeirantes permitiu que muitos exemplares deste