Montesquieu
No Brasil vivemos uma situação curiosa: por conta de uma suposta governabilidade, o Governo Federal faz de tudo para ter maioria no Congresso. Desde a compra de deputados, de votos (o Mensalão de Lula) até a troca de cargos de ministros por apoio no Senado e na Câmara dos Deputados (Dilma não conseguiu escapar disto).
(Além disto, o Governo Federal tenta também ter a maioria dos juízes do Supremo Tribunal Federal do seu lado. Ou seja, quer mandar em tudo e impor aquela ditadura com ares de democracia.)
A presidente não foi eleita para legislar. Por que perder tanto tempo tentando ter maioria no Congresso? Por que fatiar o Gverno, colocando no comando de ministérios pessoas que não são de sua confiança – ou mesmo pessoas que não são de confiança?
O Governo precisa mesmo de maioria no Congresso? Para quê? Ora, o Congresso legisla, é o ponto culminante nacional do Poder Legislativo. A Presidência é o ponto culminante do Poder Executivo. Cabe ao Poder Executivo… executar! Administrar, executar as leis que já existem.
Muito embora um presidente seja eleito fazendo promessas que, para cumpri-las, necessitaria da alteração de algumas leis. Seria obrigação do presidente da República, portanto, tentar vencer na votação destas novas leis. Tentar vencer no convencimento, e não na ilegalidade ou com negociatas que comprometem a qualidade de seu plantel. Aliás, talvez fosse uma obrigação moral do Congresso apoiar estas mudanças nas leis, pois, se o presidente foi eleito com base nestas promessas, seria um dever do Congresso respeitar este desejo popular.
Mas e se o Congresso não respeitar? E se a maioria no