Montesquieu
Apresentar aos estudantes de Direito uma figura Clássica e emblemática como o Barão de Montesquieu é, por certo, uma grande alegria para um professor da chamada área do conhecimento das Ciências Humanas. Talvez pela fleugma de missionário espiritual das Ciências que ele exibe em seu papel, uma criatura dedicada a um Mister Sagrado. Talvez pela fé inarredável do homem que “reconhecia” o Criador dos mundos em suas obras e que mesmo assim e certamente por tal, buscava uma causa cientificamente comprovável das leis naturais, que, assim como regiam misteriosamente o mundo físico, poderiam fazê-lo no mundo social.
Alguns autores apaixonados pelo Mestre, que foi nascido rico e nobre, na França de 1689, chegam a chamá-lo de o “santo sábio”, que tinha por profissão o amor à humanidade. Primeiro autor que faz, reconhecidamente, um trabalho de natureza científica sobre a natureza das sociedades humanas, depois é claro, do outro Grande Avatar, ainda mais distanciado na ampulheta do tempo, mas igualmente marcante e referencial para todos os estudiosos : o Aristóteles da Grécia Antiga. Aliás, eles chegam a ter roteiros semelhantes na história de suas vidas, no tocante à dedicação apaixonada pelo trabalho de pesquisa. Ambos possuíam os arroubos do gênio receptor do saber invisível ao espírito comum. Atletas do pensamento, saltadores epistemológicos. Ambos saíram a visitar Povos diferentes, a fim de conhecer-lhes as Culturas, as Instituições e as Leis.
Charles Louis de Secondat era seu nome de batismo e o baronato vinha a ser uma herança de uma linhagem que já durava 350 anos ao seu tempo. Nasceu no Castelo de Brède e foi educado,