monolinguismo
O analfabetismo, que era comum no passado, que passou a ser inaceitável e combatido no século XX, e que ainda hoje paira vergonhosamente sobre os países menos desenvolvidos, pode estar com seus dias contados, mas já tem um substituto não menos ameaçador: o monolinguismo.
A história, ao eleger o inglês como língua do mundo, sentenciou o monolinguismo, principalmente nos países de língua não inglesa, a se tornar o analfabetismo do futuro. Basta compararmos a importância de se falar uma língua estrangeira, 50 anos atrás, com a necessidade hoje da pessoa ser bilíngue, para podermos entender a ameaça que o monolinguismo representará quando nossos filhos tornarem-se adultos.
A revolução nas telecomunicações proporcionada pela informática, pela fibra ótica, e por satélites, despejando informações via TV ou colocando o conhecimento da humanidade ao alcance de todos via Internet, cria para o ser humano uma segunda esfera de atuação e convívio: a comunidade global.
VOZ POLÍTICA
Além disso, neste mundo já globalizado mas ainda padecendo de graves problemas, o caminho da palavra inteligente se sobrepõe ao da força e se apresenta como a única alternativa. Linguagem é ferramenta de convencimento e entendimento e, este último, é o caminho para o respeito mútuo. Quanto melhor conseguirmos expressar nossos pontos de vista em linguagem convincente, no idioma da maioria, tanto maiores nossas chances de sermos ouvidos para defendermos nossos interesses e combatermos injustiças e posturas conservadoras, protecionistas, discriminadoras e etnocêntricas. Proficiência em línguas e culturas estrangeiras é ferramenta indispensável na resolução de conflitos internacionais.
O CAMINHO
O período ideal para tornar a pessoa bilíngue é a infância ou a adolescência. Pesquisas no campo da neurolinguística, da psicologia e da linguística já demonstram que, por fatores de ordem biológica e psicológica, quanto mais cedo, melhor. O ritmo de assimilação das crianças não só é