monografia
O texto “Preconceito Linguístico” argumenta sobre posicionamentos preconceituosos relacionados à aprendizagem da Língua Portuguesa, mais precisamente, sua dificuldade, apontando para tanto duas causas.
O primeiro fato gerador da suposta dificuldade é o desconhecimento de aspectos relevantes dos princípios básicos da funcionalidade de uma Língua. O segundo, a falta de conhecimento do processo histórico que a determinou. No caso em questão, o embasamento teórico da normatização gramatical da Língua Portuguesa, que teve sua origem na linguagem poética de Portugal, considerando todo o processo de colonização levada a cabo em princípios do século XVI, por conta da Expansão Marítima e Comercial Portuguesa.
Ressalte, inclusive, que a herança lingüística colonial referida acima é apontada como a causa da grande disparidade existente entre a linguagem utilizada no cotidiano pelos falantes no Brasil e a ensinada pela Gramática.
Na prática, o que verifica-se é um enorme distanciamento entre a linguagem oral e escrita informal e a língua padrão, ainda chamada por alguns de “língua culta”, conceito ultrapassado e preconceituoso, considerando o princípio científico-linguístico de Linguagem, enquanto instrumento do processo de comunicação entre os agentes sociais.
O texto desmistifica o argumento de que o aprendizado da Língua Portuguesa é difícil. Por oportuno, é importante salientar que, frise-se, tendo em vista a teoria retro, não existe “língua difícil, já que toda língua natural detém intrinsicamente suas normas próprias.
Na prática, tal descompasso reflete-se em normatizações incoerentes, relacionadas à regência (“Não durmo no trabalho, volto a casa todos os dias”), (“Ele procedeu ao envio dos documentos via malote”). Ou relacionadas a impossibilidade formal (“Choveu no meu coração”). Veja, apesar do uso na fala, essa