Monografia

CAPÍTULO IV

A NECESSIDADE DE SE ABORDAR AS QUESTÕES REFERENTES À SEXUALIDADE NAS ESCOLAS

A necessidade de se discutir a sexualidade na escola de forma clara e acessível a todas as pessoas de todas as idades é incontestável, porque nela (na sexualidade) se inserem conceitos de vida e de prazer que são por si só fundamentais para uma existência saudável no mundo.

O sexo com suas funções básicas de reprodução e de fonte de prazer, sofre com sua “virtude” ou “defeito” de ser pouco debatido nas escolas de forma ampla e honesta. O que sempre dificultou os debates, foram velhos e antigos tabus e preconceitos moralistas, que são aprendizados empíricos da tradição de cada povo; por isso são taxados de verdades que não devem ser questionados. O professor no lugar do orientador sexual escolar deveria ter como princípios básicos, jamais impor seus valores, estimular a discussão sobre os valores de cada um e o respeito aos alheios, fazendo com que o debate aprimore e enriqueça a vida psíquica do individuo: debater é o mais importante. Os adolescentes sempre têm algumas informações sobre a sexualidade, mas mesmo assim o educador não deve jamais superestima-los, ocorre com frequência erros, casos que perturbam a evolução de futuras discursões.

A escola, ao definir o trabalho com a orientação sexual como uma de suas competências, o incluirá no seu projeto educativo. Isso implica uma definição clara dos princípios que deverão nortear o trabalho de orientação sexual e sua clara explicitação para toda a comunidade escolar envolvida no processo educativo dos alunos. Esses princípios determinarão desde a postura diante das questões relacionadas a sexualidade e suas manifestações na escola, até a escolha de conteúdos a serem trabalhados junto aos alunos. A coerência entre os princípios adotados e a prática cotidiana da escola deverá pautar todo o trabalho.

Para garantir essa coerência, ao tratar de tema associado a tão grande multiplicidade de valores, a escola precisa