Monografia Craig
Centro: CECA
Departamento: MUT
Curso: Artes Cênicas
Disciplina: Teorias do Trabalho do Ator – 6MUT033
Série: 1º ano
Docente: Profª Mª Laura Carla Franchi dos Santos
Discente: Marina Henrique de Lima Pereira EDWARD GORDON CRAIG
Edward Gordon Craig, filho da atriz Ellen Terry e do arquiteto Edward Godwin, nasceu dia 16 de janeiro de 1872 em Stevenage e faleceu dia 19 de julho de 1966 em Vence, foi ator, encenador e cenógrafo responsável por influenciar seus sucessores por meio de suas teorias e métodos, os quais geraram uma nova abordagem do pensamento cênico. Ao formalizar um modelo pedagógico teórico e prático para o “ator do futuro”, Craig critica o trabalho do ator e cria a figura do Über-marionette – Supermarionete.
Atuar não é uma arte; é, portanto incorreto se falar do ator como um artista. Porque tudo o que é acidental é inimigo do artista, a arte é a antítese absoluta do caos, e o caos é criado do amontoamento de vários acidentes. A arte se atinge unicamente de propósito. Portanto, fica claro que para se produzir qualquer obra de arte podemos trabalhar apenas sobre aqueles materiais que somos capazes de controlar. O homem não é um desses materiais. (CRAIG, 1912, p. 102)
Os atores são vorazmente criticados por Craig, que não considerava atuar uma arte; tampouco o ator um artista, assim como, apontava a inutilidade do homem enquanto material para o teatro, em razão de sua postura passiva frente às paixões. Para o encenador, o homem pode ser possuído por suas emoções e se encontrar fora de controle, agindo caótica e acidentalmente de maneira a se distanciar da arte.
Em conformidade com as idéias de Denis Diderot, o pesquisador também acredita que o ator deve controlar a própria sensibilidade, assumir uma postura ativa sobre as paixões e não se deixar levar por elas, distanciando-se de si para atuar de forma sóbria. Apesar de concordarem sobre a força destruidora da emoção, a sensibilidade e a paixão