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A evolução do processo político após o 25 de Abril de 1974, rapidamente originou divisões entre os seus protagonistas, nomeadamente entre a esquerda revolucionária que pretendia um processo de transformações sociais mais profundas e os sectores mais conservadores e, entre o movimento de capitães (MFA- Movimento das Forças Armadas) e o General António de Spínola, antigo comandante militar da Guiné e Presidente da Republica após a queda do Estado Novo.
Nas messes que se seguiram ao restauro da democracia, esses sinais de conflitualidade tornaram-se cada vez mais indisfarçáveis.
Dia 28 de Setembro, esta data foi concordada para a manifestação da Maioria Silenciosa que tinha como objectivo o reforço da posição do Presidente da República, António de Spínola. Este acontecimento era apoiado pelos direitistas partidos “do Progresso” e “Liberal”.
Foi algo que começou a ser decidido a partir de 10 de Setembro no seguimento da concessão da independência à Guiné, que chocava com a estratégia colonial defendida por Spínola. Foi aí que surgiu a terminologia (nomenclatura) Maioria Silenciosa.
Os cartazes deste movimento “Maioria Silenciosa”, invadiram a cidade porém eram imediatamente destruídos por militares de esquerda.
A autorização para a realização desta manifestação foi extremamente difícil de obter/ alcançar; o governo informou a sua divergência relativamente ao objectivo de tal manifestação.
O COPCON preparou uma intervenção/ operação que todos os membros ligados à manobra projectada poderia dar prisão. Surgiram apelos das forças de esquerda para que os seus militares montassem barreiras de vigilância às linhas de acesso a Lisboa.
O plano da manifestação terminou e o evento acabou por não se realizar. Perante este cenário, foram propostas as bases de entendimento entre o Governo e Spínola.
Entretanto com o distanciamento entre o Presidente da República e o MFA (Movimento das Forças Armadas) era cada vez acentuado,