4 DEFINIÇÃO DE MOEDA SOCIAL Antes de definirmos Moeda Social, vamos entender o significado de moeda. Segundo Pinheiro (2009), a moeda pode ser conceituada como um conjunto de ativos financeiros de uma economia que os agentes utilizam em suas transações. Para algo assumir o papel de moeda, é necessário portanto, possuir algumas qualidades (Pinheiro, 2009): indestrutibilidade, inalterabilidade, homogeneidade, divisibilidade, transferibilidade e facilidade de manuseio. Atualmente no Brasil, existem aproximadamente 51 moedas circulando no país além do Real, nossa moeda oficial. Essas moedas, chamadas de Moedas Sociais, tem um papel fundamental na estimulação de regiões com baixo índice de desenvolvimento humano, seu principal objetivo é gerar riqueza e sustentabilidade local; elas também são utilizadas como instrumento de programas de finanças sociais, com potencial para resolver ou amenizar a questão econômica da sociedade no qual ela for inserida. A cotação da moeda social é a mesma do Real, e seu propósito não é substituir a moeda oficial, mas sim funcionar como um complemento para fortalecer as economias locais e é regrada pelo Banco Central. O seu uso é voluntário, nenhum membro da comunidade é obrigado a utilizá-la, porém ao utilizá-la o indivíduo obtém benefícios como por exemplo, descontos em mercadorias. Portanto, podemos definir a moeda social como uma forma de moeda paralela, criada e administrada por integrantes de um grupo, tendo sua emissão originada na esfera privada da economia e como principal finalidade o fortalecimento econômico-social das economias locais. A seguir podemos entender melhor as principais diferenças entre a moeda social e a nacional, através do quadro comparativo: MOEDA NACIONAL a) Moeda fiduciária Oficial; b) Três funções: unidade de conta, meio de troca e reserva de valor; c) Curso legal e uso