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A cobrança de impostos é, na prática, uma coleta de dinheiro feita pelo governo para pagar suas contas. Uma forma de medir o impacto dessa coleta é compará-la com o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma das riquezas produzidas pelo país em um ano. Essa relação entre impostos e PIB é chamada de carga tributária.
No Brasil, a carga tributária é de 35% do PIB.
Isso significa que os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o país produz.
Esses recursos deveriam voltar para a sociedade em forma de serviços públicos. Mas muitas vezes os cidadãos, além de pagar imposto, pagam do bolso por serviços de educação, saúde e segurança. Ou seja, a renda disponível para consumo é ainda menor do que a carga tributária dá a entender.
O Brasil tem a carga tributária mais pesada entre os países emergentes e mais altas até que Japão e Estados Unidos. Só fica atrás para o bem-estar social europeu, onde o imposto é alto, mas a contrapartida do governo, altíssima. Além de pesada, a tributação no Brasil é também complexa e injusta: ao mirar o consumo, penaliza as faixas de menor renda.
A carga tributária de um país é a parcela de recursos que o Estado retira dos indivíduos e empresas para financiar as ações do governo. Em 2009, a receita arrecadada no Brasil em relação a 2008 teve um crescimento nominal de 3,25%. No mesmo período, o PIB nominal cresceu 4,60%. Porém, quando retirados os efeitos da inflação, a arrecadação federal obteve uma queda real de 3,05%, e o PIB, de 0,2%. Assim, a carga tributária nacional em relação ao PIB caiu de 34,79% em 2008 para 34,31% em 2009.