Modernismo
Assim, periodizar e descrever a literatura brasileira implica não apenas estabelecer os grandes períodos estilísticos, do barroco ao modernismo, em que se forjaram as formas artísticas, mas também os momentos fundadores da brasilidade que configuram o percurso literário.
O objetivo do nosso trabalho não é exatamente traçar o percurso literário, mas sim, integrar a ele a trajetória lírica do modernismo e do pós-modernismo brasileiros, enquanto etapas de manifestação de um projeto poético nacionalista.
A poética do nacionalismo
A literatura, embora aspire, enquanto expressão artística, à universalidade de sua produção, rompendo com as coordenadas espaciais e temporais de sua formação, será sempre, e antes de tudo, expressão da cultura e da nacionalidade de um povo.
A literatura nasce no seio de uma cultura e é moldada por ela.
A literatura brasileira, como sabemos, não nasceu do desenvolvimento natural de uma cultura nativa nem foi inicialmente moldada por ela, mas sim de uma base européia transplantada, e esse foi seu pecado original.
Por isso ela descreve, ao longo de sua evolução, as etapas da luta para apagar a marca original e centrar-se numa base de autencidade nacional.
Ruptura com a base literária importada, e de integração da base cultural nativa.
Três principais momentos fundadores da nossa literatura, identificados, literariamente com os movimentos barroco,romântico e moderno em que nossa se poética se configura plenamente.
Barroco: Antônio Vieira – Sermão da Sexagésima – crítica, persuasão
Para ele, a palavra de Deus era como uma semente, que deveria ser