Modernismo
Chama-se genericamente modernismo (ou movimento modernista) o conjunto de movimentos culturais, escolas e estilos que permearam as artes e o design da primeira metade do século XX. Apesar de ser possível encontrar pontos de convergência entre os vários movimentos, eles em geral se diferenciam e até mesmo se antagonizam.
Encaixam-se nesta classificação a literatura, a arquitetura, design, pintura, escultura, teatro e a música modernas.
O movimento modernista baseou-se na ideia de que as formas "tradicionais" das artes plásticas, literatura, design, organização social e da vida cotidiana tornaram-se ultrapassadas, e que se fazia fundamental deixá-las de lado e criar no lugar uma nova cultura. Esta constatação apoiou a ideia de reexaminar cada aspecto da existência, do comércio à filosofia, com o objetivo de achar o que seriam as "marcas antigas" e substituí-las por novas formas, e possivelmente melhores, de se chegar ao "progresso". Em essência, o movimento moderno argumentava que as novas realidades do século XX eram permanentes e eminentes, e que as pessoas deveriam se adaptar a suas visões de mundo a fim de aceitar que o que era novo era também bom e belo.
A palavra moderno também é utilizada em contraponto ao que é ultrapassado. Neste sentido, ela é sinónimo de contemporâneo, embora, do ponto de vista histórico-cultural, moderno e contemporâneo abranjam contextos bastante diversos.
História do modernismo
Origem do modernismo
A renovação estética nas artes do fim do século XIX.
A primeira metade do século XIX na Europa foi marcada por uma série de guerras e revoluções turbulentas, as quais gradualmente traduziram-se em um conjunto de doutrinas atualmente identificadas com o movimento romântico, focado na experiência individual subjetiva, na supremacia da Natureza como um tema padrão na arte, meios de expressão revolucionários ou radicais e na liberdade do indivíduo. Em meados da metade do século, entretanto, uma síntese destas