modernismo
Certas transformações foram responsáveis pela criação do ambiente propício à instalação das novas idéias, ressaltando-se: o Centenário da Independência e a Guerra Mundial (1914-1918), que favoreceu a expansão da indústria brasileira, promoveu novas relações políticas, além de abrir espaço para a renovação na educação e nas artes. Deu origem, também, ao questionamento do sistema político vigente, até então comandado pela oligarquia ligada à economia rural. Há, ainda, a grande influência da mão-de-obra imigrante, instalada no Sul, centro de poder da vida econômica e política do país. Outros fatos importantes foram: o triunfo da Revolução de Outubro de 1930, cujo levante se deu em 1922, e a fundação do Partido Comunista Brasileiro.
Igualmente relevante, foi a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, levando à queda do café brasileiro na balança de exportação, nessa mesma data. Tal fato, desestabiliza, no Brasil, o grupo dirigente e abre espaço para o novo, dando legitimidade à arte e à literatura modernas, entendidas, a princípio, como "capricho". O país vive os últimos anos da República Velha, caracterizada pelo domínio político das oligarquias, formadas pelos grandes proprietários rurais. Em 1922, com a revolta do Forte de Copacabana, o Brasil entra num período revolucionário de fato, culminando com a Revolução de 1930 e a ascensão de Getúlio Vargas.
A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de