o abolicionismo
Em alguns pontos o autor pode até parecer portador de uma visão romantizada deste colonizador, mas seus argumentos são mantidos com a percepção de que o colonizador português sempre fora mais dotado de uma plasticidade que permitira uma miscigenação.
Este colonizador seria então um colonizador já formado num seio misto, onde crianças nascem louras e quando adultas se percebem morenas e vice-versa, ou ainda como cita o autor homens de barba loura e cabelos pretos, esta analogia só nos ajuda a perceber o quanto este colonizador já estava acostumado a viver inserido numa diversidade, o que o permitiu se moldar como um colonizador com menos preconceitos, mais flexíveis, e a favor de uma miscigenação.
Gilberto Freyre acredita que o colonizador português fora o colonizador que mais procurou uma confraternização com as demais raças. O que nos faz lembrar que o colonizador português era bastante flexível, e que as guerras contra os índios na verdade eram guerras com cunho religioso, e não racial.
Na realidade Freyre ressalta em seu livro que a falta de respeito a diversidade que é relatada como oriunda de nossa colonização na verdade não é proveniente de Portugal porque este na verdade sempre fora portador de uma “variedade de antagonismos étnicos e de culturas”(FREYRE, 276), e esta liberalidade com as misturas não seria um presente divino mas sim uma consequência da formação cosmopolita e heterogênea. O que Gilberto Freyre evidencia em todo seu livro é que o colonizador português foi como nenhum outro um colonizador flexível e construtor de pontes horizontais, que permitiu ao Brasil, se construir num processo de