Modernismo
O modernismo do segundo tempo preocupa-se em manter o ideal uni versalista. O que está em pauta é sempre o movimento da incorporação na ordem moderna. Ocorre que agora esta incorporação se faz levando em conta as determinações de cada situa ção cultural em sua especificidade. Se para os países mais avançados o in gresso na modernidade se faz de for ma imediata (eles são de fato a pró pria ordem moderna), para os países novos, emergentes, a participação no concerto das nações deve fazer-se pe
)a afirmação dos caracteres nacionais.
Com certeza, a produção de cultu ra no Brasil está defasada com rela ção aos países europeus. Isto não quer dizer - e a realidade moderna paulistana está aí a exigir esta defi nição - que não possamos chegar ao nível de atingimento da ordem moderna já conseguido pelos países mais adiantados. Crítico de música que era, entre os versos escritos em francês por Sérgio Milliet e a cola boração de autores italianos, Mário de Andrade não se cansa de compa rar e de lamentar a posição atrasada de São Paulo no processo de absor ção dos ingTedientes inovadores. A boa referência é sempre a moderni dade pensada a partir de padrões eu ropeus para os quais o consternado cronista acredita serem "Debussy e
Ravel - músicos que já representam um passado na Europa e que inda mal são percebidos pela nossa ignara gente". t2
A observação de Mário de Andra de não faz com que nosso ingresso na modernidade deixe de ser "natu ral" e "necessário", Naturalidade e necessidade são atributos da arte mo derna definida por Rubens Borba de
Moraes em Klaxon. Natural também é a postura pretendida pela corres