Modernismo
O mais importante é a atualidade, por isso centram o fazer literário na expressão da vida cotidiana, descrita com palavras do dia-a-dia, afastando-se da literatura tradicional, consagrada ao padrão culto. Um exemplo de incorporação da linguagem oral, na criação poética e descrição de coisas brasileiras, valorizando o prosaico, recoberto de bom humor, é o poema de Mário de Andrade, O poeta come amendoim (1924). Contudo, é preciso ressaltar que não havia imposição de normas e nem tratamento unificado dos temas.
Os modernistas revelam o nacionalismo, através da etnografia e do folclore. O índio e o mestiço passam a ser considerados por sua "força criadora", capaz de provocar "a transformação da nossa sensibilidade, desvirtuada em literatura pela obsessão da moda européia". Cantam, igualmente, a civilização industrial, destacando: a máquina, a metrópole mecanizada, o cinema e tudo que está marcado pela velocidade, aspecto preponderante no modo de vida da nova sociedade. Ao comporem o perfil psicológico do homem moderno, expõem angústias e infantilidades como forma de demonstrar o caráter e a complexidade do ser humano, apoiando-se, para tanto, na psicanálise, no surrealismo e na