Modernismo e Semana de 22
O modernismo teve início em meio à fortalecida economia do café e suas oligarquias rurais.
A política do café com leite ditava o cenário econômico da época e a industrialização chega ao Brasil dando início ao processo de urbanização e o surgimento da burguesia, crescendo o número de imigrantes na zona rural e nas zonas urbanas, com a mão de obra operária e cultivo do café.
Nesse período de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual não se sabia ao certo o rumo a ser seguido, e buscavam se inspirar para em uma nova visão de mundo, sem deixar de valorizar as raízes do Brasil. - MOVIMENTO "ANTROPOFÁGICO"
Oswald de Andrade cria movimentos, como o Pau-Brasil, e escreve para os jornais expondo suas ideias renovadoras. A partir daí grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética.
A jovem pintora Anita Malfatti voltava da Europa trazendo a experiência das novas vanguardas, e em 1917 realiza a que foi chamada de primeira exposição modernista brasileira, com influências do cubismo, expressionismo e futurismo. Sua primeira exposição provocou grande polêmica entre os conservadores e adeptos da arte acadêmica. A reação mais forte foi um artigo de Monteiro Lobato para o jornal O Estado de S. Paulo em 20 de dezembro de 1917.
Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de uma renovadora, prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na Semana de Arte Moderna realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.
Semana de Arte Moderna - Semana de 22 (13,15 e 17 de fevereiro de 1922)
Tinha como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito,