modernismo poesia concreta

1164 palavras 5 páginas
UNIVERSIDADE DO CONTESTADO- UnC
CURSO: LETRAS

Disciplina: Modernismo na Literatura Brasileira.
Acadêmica: Suzana Mara Ferreira de Souza.

POESIA CONCRETA.

Três jovens paulistas, com pouco mais de 20 anos de idade, formaram, em 1952, o grupo Noigandres, que acabaria por revolucionar a poesia mundial. Tirando o nome de uma palavra misteriosa, utilizada pelo trovador provençal Arnault Daniel e comentada por Ezra Pound no Canto XX dos seus Cantares, e que posteriormente descobriram significar “antídoto do tédio”, que acabaria por revolucionar a poesia mundial. Reagindo contra o formalismo academista da retrógrada geração de 45, e procurando recuperar o espírito permanentemente revolucionário de 1922, Décio Pignatari e os irmãos Haroldo e Augusto de Campos investigavam, ao mesmo tempo o que outros poucos jovens o faziam na Europa, como o suíço Eugen Gomringer; as possibilidades de uma poesia que fosse além do verso e procurasse novas formas de expressão.
Demonstrando uma riqueza cultural descomunal, que em nada ficava devendo aos seus contemporâneos europeus ou americanos e por isso mesmo, livre da xenofobia covarde ou do complexo de inferioridade subserviente – os dois opostos complementares que sempre marcaram (e marcam) a maioria dos intelectuais e escritores brasileiros – propõem-se, desde o início, a realizar a proeza sonhada pelo “antropófago” Oswald de Andrade: produzir, no Brasil, uma literatura de teor, qualidade e importância universais.
No célebre ensaio Tradition and the Individual Talent, de 1917, T. S. Eliot já apontava que todo artista que se tornou definitivamente significativo teve de encontrar meios de se inserir na tradição. Para tal, logo descobriram os jovens componentes do Noigandres, é necessário conhecê-la a fundo, principalmente para vislumbrar, dentro da própria tradição, formas de reestruturá-la, acrescentando algo de novo, muitas vezes sintetizando e tornando conscientes – e mesmo programáticos – processos frequentemente

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