Modernismo no brasil
À década de 30 coube sedimentar e oficializar as conquistas modernistas. Movimentos artísticos europeus, principalmente o Expressionismo e o Cubismo inspiravam então artistas como Cândido Portinari, Guignard e Bruno Giorgi. Dois outros importantes nomes dessa fase modernista como Ismael Nery e Cícero Dias (Cícero principalmente em suas primeiras obras) eram mais pautados pelo Surrealismo. O poder público passa a apoiar o Modernismo e se São Paulo tinha sido o principal foco difusor dos primeiros tempos do Modernismo, agora caberia ao Rio de Janeiro esse papel. A passagem de Le Corbusier e Frank Lloyd Wright pelo Brasil (1929 e 1931) chama a atenção dos artistas para as possibilidades da integração das artes, renovando a arquitetura brasileira, nela incluindo a nova pintura, escultura, paisagismo e decoração.
A temática social passaria ser grande fonte de inspiração para a geração Modernista dessa década e a técnica, que tinha assumido uma posição secundária durante os anos 20, volta a ser valorizada. Surgiam importantes focos como o Núcleo Bernardelli (1931 - 1940) no Rio de Janeiro, preocupado em democratizar o ensino de artes plásticas e apontando para um Modernismo moderado. Em São Paulo surgiria a Sociedade Pró- Arte Moderna (SPAM), em 1932, reunindo artistas e promovendo uma série de atividades divulgando seus trabalhos. Ainda em São Paulo surgiria o Clube dos Artistas Modernos (CAM), dissidência da SPAM, bastante ativo e irreverente, próximo ao espírito das primeiras épocas modernistas.
Em 1934 dissolve-se a SPAM e o CAM e após um período relativamente morno de três anos surgem dois diferentes grupos: O Salão de Maio e a Família Artística Paulista. A Família Artística Paulista, que vinha de reuniões no atelier do Santa Helena, marca uma grande diferenciação no Modernismo brasileiro: ao invés dos intelectuais que lideravam suas primeiras manifestações, esse grupo reunia artistas de origem proletária, que costumavam