Batalha de guararapes
Sejam bem-vindos ao santuário e berço da nacionalidade e do Exército Brasileiro.
Vocês são privilegiados pois, aqui, terão a oportunidade de ver e conhecer o local e os fatos que passaram à história como o inquestionável marco a partir do qual se desenvolveu o embrião do sentimento de nação nesta terra brasileira.
Nestes montes, brancos, negros e índios, irmanados por um só ideal, o de defender a pátria contra o invasor holandês, por duas vezes, derrotaram poderosa força de um exército muito superior em efetivo, em armamento e em equipamento.
Nós estamos no interior do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, no município de Jaboatão dos Guararapes, mais precisamente no Mirante, no Morro do Oitizeiro, o qual se estende até o Oceano Atlântico. Entre a mata do Morro do Oitiozeiro e o alagadiço próximo ao mar, encontramos uma estreita passagem denominada de Boqueirão.
Na nossa frente está o Monte de Telégrafo.
À retaguarda destaca-se o Morro do Outeiro ou atual Morro da Igreja.
Entre o Monte do Telégrafo e o Morro do Outeiro, identificamos o Córrego da Batalha.
Além do Monte do Telégrafo, ligando a cidade do Recife aos Montes Guararapes, encontramos a Estrada da Batalha, a qual se dirige para o interior do Boqueirão.
Naquele ano de 1648, a única maneira que os holandeses conheciam para se chegar até a região do Cabo, vindo do Recife, era através da Estrada da Batalha, passando pelos Montes Guararapes. Se esses montes fossem ocupados pelos invasores, os Patriotas não teriam como receber suprimentos e reforços vindos da Bahia.
Por isso mesmo, o objetivo estratégico dos holandeses era ocupar os Montes Guararapes para cortar este acesso. Tudo parecia muito fácil e simples para Von Schkoppe, o comandante das tropas flamengas.
Os Patriotas, ao perceberem as intenções dos holandeses, se anteciparam. Realizaram uma marcha noturna forçada e chegaram primeiro nos Montes Guararapes.
O dispositivo das forças Patriotas