modernismo no brasil
A proposta modernista brasileira era a de "ver com olhos livres", sem limitações, sem fórmulas, procurando soluções artísticas próprias e originais. O sentimento de liberdade de criação irmanava a todos os que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.
O desejo de romper com a cultura tradicional e acadêmica fez com que se juntassem várias tendências de renovação (cada artista simpatizava com uma ou outra vanguarda europeia), e diferentes campos das Artes (literatura, música, pintura, arquitetura, escultura), promovendo um riquíssimo intercâmbio de ideias e técnicas.
Embora a repercussão dos eventos da Semana, na época em que ocorreram, não fosse além dos limites metropolitanos de São Paulo e Rio de Janeiro, suas propostas foram essenciais para guiar as Artes brasileiras no século XX. Como já dissemos, ideias e realizações do grupo da Semana de 22 serviram de base para as vanguardas todas que surgiram no país até hoje, seja a Poesia Concreta (1950-1970), seja a Poesia Marginal (1964-1985), seja a poesia e a música populares do Tropicalismo (1967-1980) e do Rock nacional (1982-1995). A Semana de 22 é vista, na Europa de hoje, por exemplo, como a mais revolucionária fusão de vanguardas no Modernismo ocidental.
Primeira Fase do Modernismo no Brasil: 1922-1930
A principal arma de renovação dos modernistas brasileiros foi o trabalho com a pesquisa de uma linguagem livre de quaisquer normas e obrigações de métrica rígida, de rima regular e de uso de um vocabulário culto. Seus textos privilegiavam o coloquialismo, a gíria, o verso livre, o erro gramatical como exemplo de usos típicos brasileiros. Ao mesmo tempo, procuraram fundir essa linguagem brasileira com influências estrangeiras oriundas do mundo da publicidade e das indústrias.
O uso do poema-relâmpago (textos curtíssimos, à moda cubista ou dadaísta) e do poema-piada (com muito escracho e bom-humor) foram as descobertas dos modernistas que mais irritavam os acadêmicos e