Modernismo em Portugal
Chocar a burguesia com sua obra irreverente (poesias sem metro, exaltanda modernidade);
- Tirar Portugal de seu descompasso com a vanguarda do resto da Europa.
Logo no primeiro número, publicado em Abril de 1915, os orfistas conseguiram criar o ambiente de escândalo desejado, graças a críticas violentas, que podem ser encontradas nos poemas "Ode triunfal" de Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa) e "Manucure" de Mário de Sá-Carneiro.
Esse primeiro número esgotou-se em apenas três semanas graças a um sucesso "negativo": as pessoas que compravam a revista ficavam horrorizadas e despejavam sua ira contra os seus colaboradores.
Armando Cortes Rodrigues, um dos membros da Orpheu, conta que os orfistas eram constantemente ironizados e chamados de loucos.
O segundo e último número da revista Orpheu foi lançado em Julho de 1915, com conteúdos bem mais futuristas. O terceiro número chegou a ser planejado, mas não foi editado por causa do suicídio de Mário de Sá-Carneiro, responsável pelos custos da revista.
Essa primeira geração Modernista, surgida no meio da Primeira Guerra Mundial, foi nitidamente influenciada pelos vários manifestos de vanguarda europeus. Esse talvez seja o motivo principal dos autores desse período apresentarem individualidades muito fortes e não seguirem um padrão estético linear.
Apesar do precoce desaparecimento da "Orpheu", a revista deixou uma rica herança, uma vez que surgiram várias outras revistas que, a grosso modo, foram seguidoras do orphismo e que tiveram duração efêmera, ou seja, duraram pouco
Geração Presença
O segundo momento Modernista surgiu da herança deixada pelo orphismo. A revista literária "Presença", que teve o primeiro exemplar publicado em 10/03/1927, foi o meio divulga-dor das ideias desse grupo, também conhecido como presencismo.
A revista Presença foi fundada e editada por Branquinho da Fonseca. Em 1930, quando a revista já estava no número 27,