Modernismo em Portugal
1. Qual o marco inicial, obras, características do Modernismo em Portugal?
R: O marco inicial do Modernismo em Portugal foi a publicação da revista Orpheu, em 1915, influenciada pelas grandes correntes estéticas europeias, como o Futurismo, o Expressionismo etc., reunindo Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almada Negreiros, entre outros. São características de estilo desse movimento o rompimento com o passado, o caráter anárquico, o sentido demolidor e irreverente, o nacionalismo com múltiplas facetas: o nacionalismo crítico, que retoma o nacionalismo em uma postura crítica, irônica e questiona a situação social e cultural do país, e o nacionalismo ufanista (conservador), ligado principalmente às posturas da extrema direita, grupo verde-amarelo, Plínio Salgado, que mais tarde viria a ser o integralismo.
2. Momento Histórico e principais acontecimentos.
R: O início do Modernismo Português ocorreu em um momento em que o panorama mundial estava muito conturbado. Além da Revolução Russa, de 1917, no ano de 1914 eclodiu a Primeira Guerra Mundial. Em Portugal esse período foi difícil, porque, com a guerra, estavam em jogo as colônias africanas que já vinham sendo cobiçadas pelas grandes potências desde o final do século XIX. Aliado a isso, em 1911, foi eleito o primeiro presidente da República. Os modernistas portugueses respondem a esse momento, sacudindo o acanhado meio cultural português, entregando-se à vertigem das sensações da vida moderna, da velocidade, da técnica, das máquinas. Era preciso esquecer o passado, comprometer-se com a nova realidade e interpretá-la cada um a seu modo. Nas páginas da revista Orpheu, essa geração publicou uma poesia complexa, de difícil acesso, que causou o maior escândalo na época. Mas Orpheu tem curta duração - apenas mais um número é publicado e sai fora de cena.