Modernidade
CULTURA A diversidade marca a cultura de Angola, resultado de sua história, das múltiplas etnias – maioritariamente banto – e de elementos culturais estrangeiros que mantêm intensos processos de intercâmbio com o país. Durante os cinco séculos de colonialismo português ao qual Angola esteve submetida, seu perfil cultural sofreu muitas interferências, principalmente nas zonas urbanas. Mas nas áreas rurais registra-se uma maior resistência à influência da cultura estrangeira. Graças a isso inúmeras obras de arte de matriz africana, sobretudo banto ainda sobrevivem, todas originárias da escola tradicional, cujas práticas são ancestrais e transmitidas oralmente, de geração para geração. Assim, no campo da escultura realçam-se as máscaras, originárias dos rituais de procriação, caça, plantações e fecundidade feminina, além das práticas mágico-religiosa e divinatória. Elementos musicais, de dança étnica e de teatro são encontrados nos centros urbanos, todos resultantes da mistura de culturas nacionais e de valorização da africanidade. O mesmo processo de preservação da herança nacional, em convívio permanente com a modernidade, é registado em outras manifestações artísticas angolanas, como a literatura e as artes plásticas.
➢ Música A extrema diversidade da musicalidade de Angola é marcada pela combinação do canto e da dança que desempenham um papel importante na cultura do país. Herança nacional de todos os povos e grupos étnicos angolanos, que se manifesta no quotidiano e no agir social da população. Todas as festas, das mais simples às mais luxuosas, são acompanhadas pelo som, identificado como expressão viva da cultura de Angola, desde os tempos remotos, como atestam os relatos históricos. O ritmo contagiante e as melodias vivas expressam motivos dos mais variados, desde dor, vida, morte, fome, alegria, vitória e amor, entre outros que abordam a cultura e os costumes do país em cada tempo.